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Estudo Bíblico Livro de Jeremias
Para o estudo bíblico, é necessário realizar a leitura de todos os capítulos do livro de Jeremias. Em seguida, o aluno deve acessar o conteúdo de apoio, disponível nos links de Resumo, Personagens e Revisão. Após concluir essas etapas, estará preparado para realizar a prova final e avaliar seus conhecimentos.
Jeremias
Comentário
O prolongado ministério de Jeremias, que durou mais de quarenta anos, estendeu-se desde 625 a.C. até poucos anos após a queda de Judá como estado independente, em 586 a.C. Mais de cinquenta anos de apostasia sob o reinado de Manassés foram seguidos por uma reforma religiosa durante o governo de Josias (621-607 a.C.). Jeremias apoiou esta reforma com entusiasmo, mas logo percebeu que o coração do povo não mudava. Dois anos após a morte de Josias, a batalha de Carquemis (605 a.C.) consolidou o domínio babilônico sobre a Ásia Ocidental. A partir daí, Jeremias defendeu a submissão a Babilônia, sem êxito. Devido à má administração dos últimos quatro reis de Judá e à persistente apostasia, a queda de Jerusalém em 586 a.C. e o consequente exílio tornaram-se inevitáveis.
As circunstâncias sob as quais Jeremias trabalhava, e a extensão da idolatria em Judá, manifestam-se claramente em suas predições. Sua angústia espiritual decorria da apostasia do povo. Contudo, não era pessimista; era essencialmente um guerreiro de Deus, atuando também como atalaia e testemunha. O primeiro capítulo descreve seu chamado profético, os capítulos 2 a 13 mostram as condições em que profetizava, enquanto os capítulos 14 a 33 revelam sua consciência de Deus e comunhão com Ele. Jeremias surge como atalaia (34:1 - 45:5) e testemunha de Deus (46:1-52:34).
Nos oráculos de Jeremias, Deus é o Governante moral do mundo e o Deus das alianças de Israel. Por meio de Israel, procurou atingir fins morais. O adultério espiritual do reino do norte com os baalins levou Deus a “divorciar” o povo, enviando-o ao exílio. Judá, o reino do sul, também persistiu na impiedade, apesar de rejeitar acusações de infidelidade. Portanto, Deus a castigou. O arrependimento poderia ter suspendido o exílio, mas a imoralidade era tão profunda que a nação não podia corrigir-se. Virtudes sociais desapareceram, e sacrifícios não substituíram o arrependimento e a justiça. O pecado de Judá era congênito, tornando inevitável o juízo e o exílio. Entretanto, o exílio não seria a última palavra.
Um remanescente voltaria para viver sob a administração messiânica, em segurança religiosa e social. O governo justo do Messias explicaria a nova aliança de Jeremias, onde o povo obedeceria às leis de Deus de coração, com a renovação interior proporcionada pelo Espírito Santo. Pelo sacrifício e morte de Cristo, a nova aliança se tornaria realidade, transcendendo o legalismo da antiga aliança.
Autor
Não há princípio claro na organização das profecias de Jeremias. Os oráculos sob os últimos cinco reis de Judá não seguem uma linha cronológica. A ordem dos capítulos no hebraico difere da Septuaginta, que apresenta omissões de pouca importância, sugerindo uma revisão redatorial distinta. Jeremias ditou as profecias e Baruque as escreveu (36:1-8, 32). O Novo Testamento contém numerosas referências a Jeremias.